Taquicardia supraventricular é uma taquicardia que ocorre do lado de fora do ventrículo, podendo acontecer no nó AV ou no átrio. Esse tipo de condição corresponde a uma das arritmias existentes que surge nas disfunções elétricas na parte superior (de cima) do coração.
A taquicardia supraventricular é bem menos comum do que uma fibrilação atrial. Essa condição também é considerada menos grave do que a taquicardia ventricular, mas nem por isso deixa de afetar a qualidade de vida do paciente. O ideal é que um médico seja procurado logo que se perceba o primeiro sintoma, pois taquicardias não tratadas podem levar a um quadro evolutivo e ter complicações a longo prazo.
Para melhor compreender o que é uma taquicardia supraventricular, é preciso saber o que é uma taquicardia de forma geral. Quando uma pessoa realiza atividades físicas, corre ou fica nervosa, é natural que o seu batimento cardíaco fique acelerado por um período. O batimento cardíaco normal varia de 60 a 100 bpm (batimentos por minuto).
Quando o batimento ultrapassa 100 bpm e não há uma causa conhecida, como prática de esportes ou situação de forte impacto emocional, considera-se a possibilidade de uma doença cardíaca.
Esse batimento acelerado recebe o nome de taquicardia, que nada mais é do que o nome dado as doenças que impactam diretamente o circuito elétrico cardíaco, e que alteram a maneira como o coração bate. É importante ressaltar que o número de batimentos por minuto de uma pessoa saudável varia de acordo com a idade do paciente, de forma que uma criança e uma pessoa com 70 anos ou mais, possuem referências distintas.
Veja também: Taquicardia: Sintomas, causas e tratamentos
Pode-se dizer que a taquicardia supraventricular pode se desencadear por causa de um dos três seguintes fatores:
Além da sensação de um coração acelerado distinta da frequência cardíaca normal, ainda que seja em determinados momentos do dia, pacientes também relatam falta de ar , dor no peito e desconforto torácico. Algumas pessoas chegam a desmaiar. Além disso, há quem sinta tontura, mesmo que não ocorra o desmaio.
Por um longo período alguns pacientes podem não ter nenhum sintoma, sendo mais comum que eles se manifestem na terceira idade.
A taquicardia supraventricular é uma doença considerada imprevisível. Isso porque, embora seja menos grave do que a maioria das outras enfermidades do coração, o problema pode evoluir e em alguns casos, pode ser fatal.
Com o passar dos anos, uma pessoa com taquicardia supraventricular pode desenvolver enfraquecimento muscular do coração. Isso se deve ao fato de o coração precisar fazer um esforço maior decorrente da taquicardia. Esse quadro de enfraquecimento do músculo pode levar o indivíduo a ser diagnosticado com uma insuficiência cardíaca.
Nesses casos a qualidade de vida do paciente pode ficar comprometida, já que episódios de falta de ar, náuseas, tonturas, desmaios, inchaços e fraquezas se tornam cada vez mais frequentes, especialmente durante a realização de atividades físicas, ainda que leves.
Quando ocorre a baixa circulação sanguínea dentro do coração, a pessoa pode desenvolver coágulos, o que aumenta o risco de um acidente cerebral vascular. A pessoa com taquicardia supraventricular deve adquirir o costume de realizar acompanhamento médico periódico para saber se o problema está controlado ou evoluiu.
Geralmente, a taquicardia é diagnosticada e tratada como um desses tipos:
Após o exame clinico, o médico poderá solicitar exames de imagem para chegar ao diagnóstico, como um holter e o eletrocardiograma, que avaliará o qrs estreito. As taquicardias do qrs se originam acima do feixe de His e possuem as seguintes variações no eletrocardiograma:
O tratamento varia muito de acordo com a gravidade e necessidade de cada paciente. De uma forma geral, são usados como métodos de tratamento as manobras vagais, como manobra de Valsalva ou mergulhar o rosto do paciente na água gelada a fim de restabelecer o ritmo cardíaco. Também são meios de tratamento:
Uso de medicamentos para controle ou prevenção da taquicardia, como bloqueadores dos canais de cálcio. Dentre os medicamentos, geralmente a primeira escolha é a adenosina, e caso esta resulte ineficaz, aposta-se verapamil como uma alternativa. Verapamil não é indicado para pacientes com baixa frequência cardíaca ou com insuficiência cardíaca.
A manobra vagal é uma técnica simples que pode ajudar a diminuir a frequência cardíaca durante um episódio de taquicardia supraventricular.
É uma frequência cardíaca rápida que começa nas partes superiores do coração, chamadas átrios.
O tratamento pode incluir medicamentos, manobras vagais, ablação por cateter ou cardioversão elétrica, dependendo da gravidade.
Pode ser causada por estresse, consumo de cafeína, tabagismo, doenças cardíacas ou problemas elétricos no coração.
Sim, a taquicardia supraventricular é um tipo de arritmia cardíaca, onde o coração bate de forma rápida e irregular.
A adenosina é um medicamento usado para interromper episódios de taquicardia supraventricular, restaurando o ritmo cardíaco normal.
Via acessória é um caminho elétrico extra no coração que pode causar episódios de taquicardia supraventricular.
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