Síncope: o que é, causas e tratamento

Síncope é a perda de consciência súbita e de curta duração, conhecida popularmente como desmaio. Pode ser um sintoma sem gravidade de uma ação cotidiana do paciente, como prática de exercícios físicos mais intensos ou queda de pressão por não se alimentar bem, especialmente em dias muito quentes.

Entretanto, a síncope pode ser sintoma de algo mais grave. Portanto, deve ser investigado pelo médico. Assim, é possível chegar à raiz do problema.

Como ocorre uma síncope

A síncope acontece quando ocorre a ativação do nervo vago, o que faz com que os vasos sanguíneos se expandam, reduzindo assim o retorno sanguíneo para o coração do paciente. Isso faz com que a frequência cardíaca da pessoa seja reduzida. Durante o desmaio, ocorre a redução do fluxo sanguíneo no cérebro.

Geralmente o paciente volta ao normal sem necessidade de medicamentos ou hospitalização, mas se a causa for doenças cardiovasculares, o mesmo precisará de acompanhamento médico para entender o que está acontecendo e realizar o devido tratamento, já que embora menos frequente, pode ser sintoma de um problema muito mais grave e que requer atenção médica o mais rápido possível.

Fatores de risco

Mesmo sendo um sintoma de rápida recuperação, o paciente que tiver uma síncope deve estar atento se não pertence a um dos grupos de risco citados abaixo, a fim de investigar a real causa de seu desmaio. São eles:

• Ter mais de 45 anos de idade;
• Possuir histórico familiar de morte súbita;
• Ter convulsões que ainda não tiveram a causa diagnosticadas;
• Sentir, antes ou após a síncope, sintomas como dor no peito, falta de ar e palpitações;
• Ter episódios de síncope com frequência em um curto período de tempo;
• Sofrer alguma lesão em decorrência do desmaio, como ferimento na cabeça;
• Desmaiar após realizar exercícios físicos (seja caminhada, corrida ou academia).

Pessoas que se identificam com um ou mais grupos acima citados devem procurar um médico cardiologista para realizar exames investigativos, como holter, ecocardiograma e outros exames de imagem do coração, que poderão diagnosticar com precisão problemas mais complexos, como anomalias congênitas das artérias coronárias. Se for constatada causas cardíacas, o paciente terá de tratar a causa e não o sintoma, evitando um problema no futuro.

O que causa o fluxo sanguíneo cerebral insuficiente

Na maioria das vezes, a redução do fluxo sanguíneo no cérebro do paciente com síncope tem como principais causas os problemas cardíacos. Tais como: arritmia cardíaca e pressão arterial descontrolada.

Grupos de síncopes

Para melhor compreensão e direcionamento clinico, os casos de síncopes são divididos em alguns grupos, sendo eles:

• Síncope Reflexa: É o tipo mais comum e que abrange cerca de 70% dos casos. Geralmente ocorre após o paciente passar por situações de estresse, ficar muito tempo exposto ao sol, realizar atividades físicas, ficar de pé por um tempo prolongado (como em caso de filas), ou sentir muito medo. Também é conhecida como síncope vasovagal e ainda pode ser desencadeada após o uso de medicamentos, pressão no seio carotídeo e disfunção autonômica.
• Hipotensão Ortostática: é considerada uma causa benigna de um desmaio, pois é o resultado de uma falha de alguns mecanismos normais, como a taquicardia sinusal, e quando isso ocorre há uma compensação dessa falha com a diminuição rápida e temporário do retorno venoso que ocorre quando, por exemplo, se fica de pé. É muito comum em idosos, devido ao uso de diuréticos e fármacos para o coração e pressão arterial, e em alguns casos pode ser um sintoma de disfunção do sistema nervoso, como ocorre em Parkinson e Diabetes Melitus. Só a síncope não é o suficiente para conferir um diagnóstico a nenhum paciente, sendo necessário exames médicos, quando necessário.
• Síncopes Cardíacas: aquelas que ocorrem em decorrência de problemas do coração, e como sinal de alerta de patologias cardíacas, como arritmias, bem como outras doenças do coração e também cardiopulmonares.

É importante salientar que uma síncope também pode ser causada por algum outro problema que esteja ocorrendo no corpo da pessoa, como no caso de quem tem uma embolia pulmonar ou está desidratado.

Tratamento para síncope

Na maioria das vezes, não precisa de cuidados médicos. Hidratar a pessoa que desmaiou e mantê-la sentada por alguns minutos costuma ser o suficiente para que seu corpo se recupere sozinho e retome sua rotina normal.

Caso o motivo seja um problema cardíaco ou outra doença, é necessário tratá-lo para evitar novos episódios. No caso de medicamentos que causam desmaio, é importante conversar com o médico para trocar o fármaco ou reajustar a dose a fim de evitar essas reações indesejadas, que podem inclusive ser perigosas no caso do paciente sofrer alguma lesão durante a queda ocasionada pela síncope.

Até que se saiba a causa da síncope, é importante que o paciente evite dirigir ou operar máquinas, a fim de evitar um acidente no caso de sofrer um novo desmaio.

FAQ – Perguntas frequentes