Prolapso da válvula mitral é uma condição cardíaca em que a válvula responsável por separar as câmaras inferior e superior localizadas do lado esquerdo do coração não se fecha adequadamente. Por conta disso, perde um pouco de sangue quando retorna para a cavidade torácica, e isso dificulta a capacidade do coração em bombear sangue. Na literatura médica esse processo é conhecido como regurgitação mitral.
O prolapso da válvula mitral (pvm) também é chamado de síndrome de Barlow ou sopro no coração. É importante ressaltar que o prolapso da válvula mitral pode estar associado ou não com insuficiência mitral. Quando essa condição se encontra em um estágio considerado grave, recebe o nome de flail de valva mitral.
Nesta condição ocorre o abaulamento da valva dentro do átrio durante a sístole. A válvula mitral tem como função separar o átrio do ventrículo esquerdo, impedindo o retorno do sangue que já passou pelo bombeamento.
Isso se deve ao fato que a válvula mitral sofre com uma espécie de “frouxidão”, e é por isso que há um deslocamento para o átrio esquerdo. Dessa forma, o refluxo do sangue não pode ser impedido de vazar, pois existe uma incapacidade de vedação.
Uma pessoa com prolapso da válvula mitral pode não saber da condição por um longo período e na maior parte dos casos, a descoberta ocorre por acaso em visitas médicas de rotina ou na realização de exames para outro fim. A maioria dos pacientes não apresentam sintomas. Geralmente, quando uma pessoa com prolapso da válvula mitral se queixa de algum sintoma, é sinal de que houve uma quantidade significativa de sangue que vazou para a parte superior do coração através da válvula.
Embora os sintomas possam variar muito em pacientes com prolapso, de uma forma geral a condição pode apresentar arritmias, dificuldade para respirar, fadiga, vertigens e tontura. Os sintomas podem ser isolados e pontuais, ou cumulados. Embora a maioria dos pacientes não apresentem sintomas e por isso não precisem de acompanhamento médico, quando os sintomas surgem, é importante realizar o tratamento correto para evitar complicações futuras e até mesmo diminuição da expectativa de vida.
Embora seja possível uma pessoa desenvolver o problema por um fator genético, não é esse o motivo principal para a doença. O prolapso da válvula mitral acomete, principalmente, mulheres jovens entre seus 15 e 30 anos, e homens a partir dos 50 anos, quase sempre já com histórico de insuficiência mitral. Ter algum tipo de problema cardíaco é fator de risco para desenvolver um prolapso da válvula mitral.
Em parte, significativa dos casos, cerca de 25%, o problema pode evoluir para uma insuficiência mitral no período de 3 a 16 anos após o diagnóstico. Entretanto, ter o prolapso da válvula mitral não é condição da insuficiência mitral. São casos diferentes que podem ou não estarem associados, sempre se levando em consideração o caso clínico particular de cada paciente. Homens om mais de 50 anos poderão ter sua expectativa de vida reduzida, levando-se em consideração sempre o prontuário de cada paciente.
É comum que não se descubra a causa do prolapso da válvula mitral. Além disso, há mais de uma condição hereditária que pode estar associada ao surgimento desse problema, como aqueles que alteram de alguma forma o tecido conjuntivo. Por exemplo: síndrome de Marfan, redução da síntese de colágeno do tipo III, síndrome de Ehler Danlos, osteogênese imperfeita e alterações em esqueleto e palato.
O médico especialista pode saber se é prolapso da válvula mitral a condição do paciente pelo exame físico e clínico realizado em consultório. Através da ausculta realizada com seu estetoscópio, é possível identificar o problema, já que o batimento cardíaco de pacientes com prolapso costuma ser quase padronizado de forma distinta ao normal.
Em alguns casos, o médico poderá solicitar um ecocardiograma, se achar necessário para confirmar o diagnóstico. Mesmo em casos em que não existem sintomas, é recomendável que o paciente realize seu check-up anualmente para se certificar que não houve nenhuma alteração na condição, e em caso positivo, iniciar o tratamento precocemente para evitar prejuízos em sua qualidade de vida.
Na maioria dos casos de prolapso da válvula mitral, não é necessário um tratamento específico. Isso porque os pacientes não apresentam sintomas. Já para os pacientes que apresentam sintomas e veem sua qualidade de vida prejudicada, é feito um tratamento para estabelecer as funções do coração, como o correto bombeamento do sangue.
Quando o tratamento medicamentoso não é o suficiente, uma cirurgia poderá ser indicada, levando-se sempre em consideração a saúde como um todo, idade e caso em específico de cada paciente. Nessas cirurgias, o médico pode substituir as válvulas do coração, permitindo seu correto funcionamento.
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