Marcapasso cardíaco é um pequeno aparelho implantado próximo ao coração, no abdômen ou peito, que visa monitorar e controlar os batimentos cardíacos do paciente. Esse dispositivo consegue realizar estímulos elétricos quando percebe que há alteração no intervalo entre os batimentos cardíacos.
A arritmia geralmente é causada por variados problemas cardíacos, tais como insuficiência cardíaca grave e cardiomiopatia hipertrófica. Com o uso do marcapasso, se o paciente ficar com os batimentos mais lentos, é possível os regular e assim evitar os sintomas indesejados.
O cardiologista indicará um marcapasso quando o paciente for diagnosticado com alguma doença que faça com que batimento cardíaco diminua para menos de 40 batidas por minuto. Geralmente, essas doenças são:
Além dessas situações, o médico poderá indicar o uso de um marcapasso quando o paciente sofrer um infarto do miocárdio, quando houver algum tipo de alteração cardíaca decorrente do uso de drogas ou medicamentos, bem como após um transplante cardíaco.
Existem alguns tipos de marcapassos no mercado, sendo os principais:
Vale ressaltar que os marcapassos indicados para emergências médicas são considerados temporários, já que o paciente usará por tempo determinado.
Primeiramente o paciente precisa ter uma conversa sincera com o médico especialista, contando quais medicamentos toma, sem omitir nenhum, pois há fármacos que podem influenciar na recuperação ou anestesia. O médico deve esclarecer todas as dúvidas do paciente, explicando como será o procedimento, recuperação e medicamentos que terá de tomar após a cirurgia.
O paciente também deve se abster do consumo de bebidas alcoólicas antes da cirurgia, bem como deverá tomar um banho usando o sabonete indicado pelo médico. Não se deve usar piercings, brincos, acessórios e lentes de contato durante o procedimento.
Também não é recomendado o uso de hidratantes corporais, desodorantes ou perfumes antes da cirurgia.
O paciente terá de fazer um jejum de pelo menos quatro horas antes da cirurgia. Os medicamentos solicitados pelo médico deverão ser tomados com pouca quantidade de água, algo em torno de um gole.
Esse tipo de procedimento cardíaco é considerado rápido e simples. É realizado por um cirurgião cardíaco e costuma durar de uma a duas horas. Antes do início da cirurgia, o paciente receberá soro na veia para se manter hidratado e facilitar a administração de medicamentos e sedação ou anestesia.
A cirurgia é iniciada com um corte realizado próximo do ombro, a fim de encontrar a subclávia. A partir daí um fio fino é inserido pela veia até chegar no ventrículo direito do coração. A outra ponta do fio é conectada a um gerador de impulsos elétricos que ficará instalado sobre a pele próxima da clavícula.
Toda a cirurgia é realizada com cuidado minucioso, do qual o cirurgião cardíaco observa toda a inervação do fio e a posição do marcapasso para instalação através de um raio-x. Dessa forma é possível que o marcapasso seja colocado no local correto.
A inserção de um marcapasso é simples, de tal forma que o paciente não fica internado em UTI e pode receber alta no mesmo dia. O primeiro mês após a colocação do marcapasso é o mais delicado, do qual o paciente precisa se acostumar a não fazer esforços, além de seguir as consultas de retorno sem faltar.
Esse cuidado deve ser tomado tanto para quem tiver de usar um marcapasso temporário, quanto o definitivo.
Além disso, o paciente terá de incluir em sua carteira ou bolsa, um cartão com informações de seu marcapasso, para o caso de alguma emergência. O consumo dos medicamentos deve ocorrer sempre no horário certo. Mesmo com o repouso, é importante tomar cuidado para movimentos bruscos nos braços.
Algumas atividades corriqueiras deverão ser evitadas, como carregar peso, segurar um bebê ou criança pequena, realizar atividades físicas de qualquer tipo, pular, correr, e qualquer outro esforço. O celular deve ser evitado do lado em que se colocou o marcapasso, pois os aparelhos podem causar alguma interferência no dispositivo implantado.
Equipamentos eletrônicos devem ficar a pelo menos 15 cm de distância do corpo. A fim de evitar algum constrangimento, recomenda-se que o paciente avise agência bancária e aeroporto sobre o uso de marcapasso, já que ele pode sinalizar como presença de metal no raio-x da fiscalização.
Algo importante a se destacar é que o paciente com marcapasso precisa manter uma distância de pelo menos dois metros de alguns equipamentos, tais como micro-ondas, transformadores de alta tensão, equipamentos usados para soldar ou qualquer tipo de gerador de energia.
Salvo em caso de extrema necessidade, é aconselhável evitar a realização de alguns exames de imagem durante o uso do marcapasso, como ressonância magnética e mapeamento eletroanatômico.
Todo esse cuidado deve ser mantido por pelo menos três meses ou pelo prazo determinado pelo médico. Uma pessoa usando um marcapasso temporário ou definitivo pode levar uma vida normal, podendo inclusive voltar a realizar atividades físicas após o prazo estabelecido.
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