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Infarto agudo do miocárdio: Sintomas, diagnóstico e tratamentos

Infarto agudo do miocárdio é um ataque cardíaco decorrente da morte (necrose) de células localizadas na região de um músculo do coração. Por conta disso, ocorre a formação de um coágulo na artéria coronária que impede o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa, gerando o ataque.

Existem cinco classificações de tipos de infarto agudo do miocárdio que justificam as diferentes abordagens no tratamento e recuperação do paciente, sendo elas:

  • Tipo 1: IM espontâneo que é causado por uma isquemia devido a um evento coronário primário;
  • Tipo 2: isquemia decorrente do aumento da demanda de oxigênio (Exemplo: hipertensão), ou da diminuição do fornecimento (Exemplo: arritmia ou hipotensão);
  • Tipo 3: está relacionado com a morte cardíaca súbita;
  • Tipo 4a: está associado com a intervenção coronariana percutânea;
  • Tipo 4b: está associado com uma trombose;
  • Tipo 5: está associado com a revascularização do miocárdio.

Sintomas do infarto agudo do miocárdio

O principal sintoma do infarto é uma dor súbita e intensa no peito. Na maioria das vezes essa dor vai irradiar para o braço esquerdo, mandíbula, dorso e/ou abdômen do paciente.

Outros sintomas podem acompanhar essa dor, como mal-estar, falta de ar, náuseas e sudorese, mas em alguns casos podem não ser evidenciados.

Ao aparecerem os sintomas é necessário buscar ajuda médica rapidamente, pois em casos mais graves pode ocorrer a morte súbita ou gerar complicações. O infarto possui alguns sintomas que podem ser confundidos com outros males, por isso é preciso que o paciente seja levado ao hospital o quanto antes.

Fatores de risco do infarto agudo

O estresse é um fator de risco cada vez mais presente no histórico de pacientes de infarto agudo do miocárdio. Qualquer pessoa de qualquer idade poderá sofrer um infarto, já que o estresse e problemas emocionais, como a depressão, estão presentes em todas as faixas etárias.

Outros grupos de risco com mais chances de sofrer um infarto e que requerem maior atenção, são:

  • Hipertensos;
  • Pessoas com colesterol alto;
  • Diabéticos;
  • Fumantes;
  • Obesos;
  • Pessoas com rotina estressante;
  • Pessoas com depressão.

Diagnóstico de um infarto agudo do miocárdio

Mesmo sabendo os sintomas principais de um infarto agudo do miocárdio, somente um médico poderá constatar ou não um infarto. Geralmente, além do exame em consultório e análise do histórico do paciente, o diagnóstico de um infarto agudo do miocárdio será dado após a realização de um eletrocardiograma, ecocardiograma e cateterismo.

Em alguns casos, apenas o eletrocardiograma já evidenciará um infarto agudo do miocárdio e o próximo passo será tratar o paciente.

Tratamentos para paciente que sofreu um infarto

Os tratamentos vão variar de acordo com o caso particular de cada paciente. Para o paciente que precisa ser hospitalizado, haverá a administração de oxigênio, nitratos, ácido acetilsalicílico, e se for o caso, encaminhamento para o centro cirúrgico.

De uma forma geral, todos os pacientes receberão fármacos antiplaquetários no tratamento, bem como anticoagulantes, e no caso de haver dor, medicamentos antianginosos. As doses e tipos de medicamentos sempre serão definidos pelo médico de acordo com o histórico do paciente e a condição de saúde atual.

Seja qual for a situação do paciente ou tipo de infarto, o ideal será sempre realizar o desentupimento da artéria para restabelecer o fluxo de sangue, evitando assim um novo infarto no futuro. Por isso o cateterismo se torna essencial nos casos de infarto agudo do miocárdio, já que mostrará exatamente onde está a obstrução da artéria até a sua chegada ao coração.

É importante que a saúde do paciente esteja bem cuidada como um todo, pois se desobstruir uma artéria, mas por exemplo, não controlar uma diabetes ou colesterol, poderá fazer com que o problema se repita com uma nova obstrução, podendo ser fatal.

Como prevenir um infarto

Além de controlar e/ou curar os males do grupo de risco já citados, é importante manter um estilo de vida saudável, com a prática de exercícios, alimentação equilibrada e parar de fumar.

Para controlar o estresse, caso a rotina diária ou o trabalho não permita ter mais tranquilidade, realizar práticas que mantenha o paciente mais calmo, como se exercitar, praticar meditação e yoga, serão opções válidas que devem ser mencionadas.

Dr. Ricardo Contesini

Médico cardiologista esportivo, especialista em cardiologia do esporte. Pós graduado em medicina esportiva pela Universidade Federal de São Paulo.

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