Hipotensão postural é uma queda de pressão arterial súbita que ocorre no momento em que uma pessoa deitada ou sentada se levanta. Essa condição também é conhecida pelo nome de hipotensão ortostática.
A hipotensão postural pode não ser indício de um problema mais grave, sendo necessário sempre realizar uma investigação clínica para saber se o ocorrido não se repetirá ou se há uma causa subjacente que precisa ser tratada.
Em algumas situações, como exposição ao sol em dias muito quentes, a pressão baixa pode ser normal, mas a visita a um cardiologista também deve ser considerada, principalmente se há episódios recorrentes.
O principal sintoma da hipotensão postural, além da pressão baixa, é a sensação de tontura. Também são sintomas comuns nessa condição são vertigem, sensação de que vai desmaiar, sensação de visão escurecida, confusão mental, palpitação, tremores, perda do equilíbrio, dor de cabeça e em alguns casos, risco de quedas decorrentes da junção de dois ou mais desses sintomas.
Uma hipotensão postural pode ter as mais variadas causas. As causas mais comuns são:
Insuficiência autonômica pura, doenças do sistema nervoso autônomo, hipovolemia, uso de diuréticos e/ou medicamentos vasodilatadores, paciente desidratado, ficar muito tempo deitado ou sentado, bem como doença de Addison.
Além disso, a hipotensão postural pode ser causada por um reflexo autonômico (nervoso) danificado, que por sua vez é consequência de uma outra condição, como diabetes melitus, amiloidose, síndrome de Guillain-Barré, anemia perniciosa, entre outras condições.
Alguns medicamentos controlados utilizados no tratamento da depressão e outros transtornos psicológicos, também podem dar origem a uma hipotensão postural. Além disso, o uso de álcool, sobretudo na terceira idade, pode causar o mesmo problema.
A hipotensão postural é mais comum em pacientes da terceira idade, embora também seja possível que a condição afete pessoas jovens. A idade avançada é um fator de risco, e se o paciente com essa idade tiver outros problemas de saúde, como uso de medicamento controlado ou diabetes, aumenta ainda mais o risco de ter hipotensão postural.
A doença de Parkinson, na maioria das vezes associada aos pacientes mais velhos, também é um fator de risco para a condição. Se uma pessoa, jovem ou idosa, passa muitas horas seguidas na posição sentada, aumenta suas chances de ter uma hipotensão postural isolada ou de forma frequente. Quem realiza atividades físicas muito intensas também pode ter sua queda de pressão repentina, independentemente de seu preparo físico ou costume com a rotina de exercícios.
Além disso tudo, há outras condições que podem ocasionar a hipotensão postural, como a insuficiência cardíaca avançada. Essa insuficiência pode acometer tanto jovens, quanto adultos, como também pode ser consequência de outros problemas que não foram tratados devidamente, como uma diabetes. Pacientes com múltiplas comorbidades também são um fator de risco, seja pela condição clínica, ou pelos medicamentos consumidos diariamente.
Um cardiologista poderá analisar o histórico clinico do paciente, seus sintomas e solicitar exames para chegar a uma conclusão. Se for identificado um problema subjacente, como uma diabetes melitus ou desidratação, essa causa deverá ser tratada para se evitar ou diminuir os riscos da pressão baixa.
Os tipos e quantidade de exames a ser realizado pelo paciente vai depender sempre da decisão do médico cardiologista e da condição clinica avaliada, como a mensuração da frequência cardíaca do paciente. De uma forma geral, o diagnóstico de hipotensão ortostática é feito pelos seguintes exames:
Se considerar necessário, o médico poderá solicitar outros exames que não estão na lista exemplificativa acima.
O tratamento ou “cura” vai depender da descoberta da causa do problema, mas no momento em que o paciente tiver a queda de pressão, se sentar ou deitar com as pernas elevadas pode resolver completamente a sensação do paciente e poucos minutos. Se hidratar imediatamente também costuma resolver a condição.
Cada caso é muito particular, de forma que em alguns deles, considerados mais graves, o cardiologista poderá indicar o uso de meias compressoras, alterar ou reduzir o uso de determinados medicamentos que deixam o paciente desidratado ou com queda de pressão. Muitas vezes pacientes que estão começando a tratar a pressão alta podem vir a ter esse problema, devido a dose indicada pelo médico ser superior à sua necessidade diária, fazendo com que a pressão baixe muito.
Alguns remédios podem ser indicados pelo médico ao obter o diagnóstico, bem como o paciente poderá ter de utilizar uma hidratação rápida de forma venosa quando tiver a condição, indicada normalmente em casos de desidratação. Vale destacar que a desidratação não precisa necessariamente estar associada a outra condição, como uma diarreia não tratada. Muitas vezes é comum que as pessoas se esqueçam de beber água suficiente, ficando desidratados sem perceber, especialmente nas épocas mais quentes do ano.
Enquanto um jovem pode ter uma hipotensão postural por conta de um dia em que se alimentou mal, exposição excessiva ao sol em dias quentes ou prática de exercícios intensos, idosos nem sempre podem ser diagnosticados tão facilmente.
É importante ressaltar que é comum que idosos façam uso de dois ou mais medicamentos para fins distintos e muitas vezes a mistura desses remédios já é uma causa para hipotensão postural. Por outro lado, não cabe apenas retirar esse medicamento do paciente, pois fazê-lo pode gerar um problema maior, sendo necessário identificar a causa e fazer a devido alteração sempre com o acompanhamento de um médico.
Idosos também são mais propensos a quedas por conta de diversos problemas de saúde, sobretudo devido às limitações motoras e desgaste dos ossos. Por isso é importante não negligenciar uma queda de pressão achando que é, por exemplo, só um desequilíbrio devido a um desgaste do joelho. Quando o paciente é idoso, uma investigação mais profunda deve ser realizada, pois a hipotensão ortostática é indicio de algo não está bem com o paciente, seja por conta de uma comorbidade ou da terapia medicamentosa utilizada para seu tratamento
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