Fibrilação atrial: O que é, sintomas, diagnóstico e tratamento
A fibrilação atrial é um tipo de arritmia cardíaca, causada por falhas na transmissão dos impulsos elétricos que geram ritmos irregulares nas batidas do coração. A condição afeta os átrios, que são as cavidades superiores do coração, fazendo com que eles se contraiam de forma descompassada.
De acordo com estimativas, esse tipo de arritmia cardíaca é observada em cerca de 3% da população mundial, sendo mais frequente nos pacientes acima de 65 anos.
Os indivíduos que possuem fibrilação atrial podem ter seus batimentos cardíacos por minuto dobrados, e com o passar do tempo, desenvolver um quadro de insuficiência cardíaca ou até mesmo um AVC. Isso acontece pois a arritmia não tratada leva à formação de coágulos de sangue, os quais são transportados pela corrente sanguínea e responsáveis por obstruir vasos sanguíneos à distância, incluindo a artéria do cérebro, causando um Acidente Vascular Cerebral.
Quais são os sintomas da fibrilação atrial?
Em uma parcela dos pacientes, a fibrilação atrial se manifesta de forma silenciosa, o que torna fundamental a realização de exames anuais, especialmente para os pacientes que possuem um histórico de doenças cardíacas e para os indivíduos com mais de 60 anos de idade.
Por outro lado, também é possível que apareçam sintomas como cansaço intenso, falta de ar, tonturas, palpitações, quedas de pressão, naúseas e desmaios.
Quais são os fatores de risco dessa condição?
Além do envelhecimento, confira a seguir quais fatores de risco podem aumentar as chances de desenvolver a fibrilação atrial.
- Hipertensão
- Diabetes
- Doenças nas válvulas do coração
- Obesidade
- Sedentarismo
- Estresse
- Consumo de bebidas alcoólicas em excesso
- Tabagismo
Como é possível obter um diagnóstico?
O diagnóstico da fibrilação atrial é feito por um médico cardiologista a partir da análise dos sintomas do paciente e da realização de exames clínicos. Para isso, o especialista costuma solicitar um eletrocardiograma, o qual é responsável por avaliar a atividade elétrica do coração.
Já para diagnosticar casos de fibrilação atrial intermitente, o médico pode sugerir o uso de um monitor Holter, que é um dispositivo portátil capaz de medir o ritmo cardíaco de forma contínua por um intervalo maior de tempo.
Durante a consulta com o cardiologista, o médico também irá investigar se essa condição está sendo causada por outros distúrbios, como por exemplo, hipertireoidismo e apneia do sono.
Quais são os tratamentos para a fibrilação atrial?
O tratamento mais indicado para a fibrilação atrial é definido pelo médico de acordo com a classificação da doença em cada paciente, a qual pode ser crônica ou aguda, persistente ou paroxística, estável ou instável.
Em alguns casos, o uso de medicamentos antiarrítmicos são o suficiente para reverter o quadro de arritmia, garantir a qualidade de vida do paciente e reestabelecer o estado normal do ritmo cardíaco.
Além disso, o cardiologista também pode receitar o uso de fármacos anticoagulantes para combater a formação de coágulos e reduzir os riscos de um infarto ou AVC.
Dependendo do quadro clínico de cada paciente, o especialista ainda pode recomendar a ablação por radiofrequência, um procedimento que utiliza cateteres especiais para a aplicação de radiofrequência nos focos de arritmia já mapeadas em um estudo eletrofisiológico.
- Veja também: Ablação cardíaca
Há como prevenir essa condição?
Manter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos regularmente são hábitos que reduzem as chances do indivíduo apresentar os principais fatores de risco dessa condição, como diabetes, obesidade e pressão alta. Além disso, não cometer excessos na ingestão de bebidas alcoólicas e evitar o cigarro também contribuem para a prevenção da fibrilação atrial.
No entanto, em uma parcela dos pacientes essa condição se desenvolve devido a uma predisposição genética. Sendo assim, é muito importante realizar check-ups anuais com um cardiologista, o que permite identificar eventuais problemas e obter um diagnóstico precoce.
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