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Estatinas: o que são, tipos e efeitos

Estatinas são medicamentos usados para baixar o colesterol. Secundariamente, as estatinas também são aliadas na modificação de processos que levam a aterosclerose. Há várias estatinas disponíveis no mercado, muitas delas bem conhecidas por serem de distribuição gratuita pelo SUS, como é o caso da sinvastatina.

A diferença entre os fármacos disponíveis nas drogarias é o nível de eficácia na redução do colesterol. Por exemplo: as estatinas Atorvastatina e Rosuvastatina são consideradas as mais potentes para reduzir o colesterol, enquanto a Lovastatina é a mais leve e pouco eficaz de todas. A Sinvastatina e Pravastatina são drogas consideradas intermediárias no que se propõe.

Como as estatinas agem

As estatinas são hipolipemiantes, exercendo seus efeitos através da inibição da HMG-CoA redutase, que por sua vez é uma enzima fundamental na síntese do colesterol. Dessa forma, leva a uma redução do colesterol tecidual e ao aumento na expressão de receptores de LDL.

A HMG-CoA redutase é essencial na formação de lipoproteínas plasmáticas. As pessoas que precisam tomar estatina têm redução no risco de ataques cardíacos. A inibição da referida enzima ocorre devido as estatinas possuírem uma molécula semelhante ao substrato natural da enzima, o que faz com que ela passe a competir com essa enzima no organismo.

Quem deve e quem não deve tomar estatinas

As estatinas possuem um diferencial em relação a vários outros medicamentos. Isso se deve ao fato de que a maioria das terapias medicamentosas visam tratar ou controlar um problema de saúde, enquanto as estatinas podem tanto ser prescritas para quem está com colesterol alto, entre outros problemas, bem como a depender de cada caso, o médico poderá indicar o uso do medicamento como precaução contra problemas de saúde possíveis no futuro.

Qualquer paciente saudável que apresente alta no colesterol pode ter uma estatina prescrita. Pessoas de qualquer idade que possuam histórico de alergia a alguma estatina, bem como gestantes, diagnosticados com doença hepática e lactantes jamais devem tomar esse medicamento.

Além disso, quem não faz parte do grupo de risco citado, mas consome outros remédios, precisa que o médico avalie antecipadamente se não haverá interação medicamentosa como sequela. Por fim, idosos com 70 anos ou mais precisam ser acompanhados periodicamente por seus respectivos médicos, a fim de avaliar se a estatina não está contribuindo para algum outro problema de saúde.

Relação das estatinas com a diabetes

Embora não seja raro que um paciente diabético faça uso de uma estatina, a verdade é que esctudos apontam que o medicamento aumenta as chances de se desenvolver diabetes. O ideal é que pessoas pré-dispostas a terem diabetes não façam uso desse tipo de remédio. Somente um médico cardiologista poderá avaliar se vale a pena um paciente diabético ou com risco de desenvolver a doença consuma algum tipo de estatina.

Estatinas e problemas cardíacos

O médico indicará que um paciente faça uso de uma terapia medicamentosa com estatina sempre que ele possuir elevado risco de ter problemas do coração, devido histórico familiar. Nesses pacientes a estatina agirá inibindo o colesterol alto, a fim de que não ocorra o entupimento as artérias. Pacientes cardíacos que já infartaram ficam com dano permanente no coração, ainda que se recupere 100%.

Muitos médicos concordam que ao contrário da proposta das estatinas, elas não servem para tratar o colesterol alto, mas sim os riscos associados ao colesterol alto. É de suma importância que o paciente que recebeu a prescrição de estatinas mantenha um estilo de vida saudável, optando por uma dieta equilibrada e a prática e exercícios.

Efeitos colaterais

É de suma importância ressaltar que cada organismo responde a diferentes processos de formas distintas. Sendo assim, alguns pacientes poderão se queixar de efeitos colaterais ao começar o uso de estatinas.
Os principias efeitos colaterais das estatinas são:

  • Dor muscular;
  • Dor de cabeça;
  • Diarreia ou prisão de ventre;
  • Dor abdominal ou de estômago;
  • Vômitos e náuseas.

Em muitos casos basta que o médico ajuste a dosagem diária da estatina para que o problema se resolva. Em caso de dúvidas, sempre consultar um médico para avaliar a situação.

Dr. Ricardo Contesini

Médico cardiologista esportivo, especialista em cardiologia do esporte. Pós graduado em medicina esportiva pela Universidade Federal de São Paulo.

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