Edema pulmonar é o acúmulo de líquido nos interstícios pulmonares e alvéolos, afetando diretamente a oxigenação do sangue no corpo, que é essencial para a vida. Também conhecida como falência ventilatória aguda, essa condição faz com que o pulmão seja preenchido por líquido, faltando espaço para o ar, logo o oxigênio, sendo este o motivo pelo qual a principal queixa dos pacientes é a sensação de falta de ar.
O edema pulmonar pode ser dividido em dois grupos: edema pulmonar não cardiogênico e cardiogênico. O edema pulmonar não cardiogênico ocorre quando a causa da condição é desencadeada por traumas, como os decorrentes de acidentes de carro, pneumonia, meningite, uso de determinadas terapias medicamentosas, consumo exagerado álcool, bem como uso de drogas e cigarro comum, exposição a toxinas diversas e até mesmo estar em lugares que possuem altitude elevada.
Já a causa do edema pulmonar cardiogênico é um problema do coração. A principal causa do edema pulmonar é a insuficiência cardíaca.
Em uma pessoa saudável o sangue sai do coração para ser oxigenado, e depois é bombeado pelo coração e enviado ao restante do corpo. Esse é o ciclo simples e normal do funcionamento dos dois órgãos. Entretanto, quando há uma falência aguda acontecendo na parte esquerda do coração, não é possível bombear o sangue adequadamente, de forma que o sangue tende a se acumular dentro da cavidade do pulmão, não seguindo o seu fluxo normal e consequentemente, interrompendo todo o processo de oxigenação e bombeamento.
Quando há o aumento de sangue no pulmão, naturalmente ocorre o aumento da pressão sanguínea nesse órgão. Já que o pulmão não foi feito para suportar essa pressão, esse líquido é levado para dentro dos alvéolos, o que acaba ocupando o espaço aéreo do órgão e pode levar a pessoa a ter falta de ar.
Há mais de uma possível causa para um desenvolver edema pulmonar. Essa condição pode ocorrer devido ao aumento da pressão nos capilares pulmonares, bem como surgem após os vasos ficarem mais permeáveis e porosos, fato que facilita a passagem de líquido para o parênquima.
Além disso, os edemas pulmonares podem ser classificados de quatro formas, sendo elas:
A causa subjacente do distúrbio afetará diretamente nos tipos de sintomas que o paciente apresentará. Na maioria dos casos, a dificuldade para respirar que piora ao se movimentar é a queixa mais frequente nos consultórios.
No edema agudo de pulmão os sintomas surgem de repente e podem ser fatais, por isso é uma emergência médica e o paciente deve ser levado a um hospital o mais depressa possível. A dificuldade para respirar pode estar associada a tosse seca ou com expectoração espumosa, podendo ou não ter sinais de sangue, ansiedade, sudorese excessiva, taquicardia, sensação de falta de ar como se estivesse se afogando, muita agitação e cianose, que é a coloração arroxeada de algumas partes como corpo, como lábios, pele e ponta dos dedos.
No edema pulmonar crônico há quase todos esses sintomas do edema agudo, mas não acontecem rapidamente, e sim lentamente e em menor intensidade. A sensação de falta de ar costuma diminuir ou desaparecer quando a pessoa se senta. Além desses sintomas, o paciente crônico pode desenvolver chiado no peito, ganho de peso, inchaço nas pernas e pés devido retenção de líquido, muito cansaço, e ter tosse com expectoração de cor rosada. Esses sintomas podem perdurar na vida do paciente por algum tempo.
O edema por altitude elevada também possui quase os mesmos sintomas do edema agudo, mas também pode apresentar dor de cabeça que vai se intensificando, fraqueza, febre, dor e sensação de chiado no peito. Por fim, o edema neurogênico pode ter alguns desses sintomas e outros muito particulares, já que é causado por traumatismo craniano, crises convulsivas ou sequela de cirurgia cerebral.
A primeira etapa do diagnóstico de edema pulmonar é o exame clínico e sempre que possível, a análise do histórico clínico do paciente. Ao suspeitar que a causa das queixas é um edema pulmonar, o médico especialista solicitará exames diversos, tais como tomografia do tórax, raio-x, ecocardiograma, eletrocardiograma, dosagem de potássio e sódio, dentre outros exames de sangue que considerar pertinente.
O edema pulmonar tem cura e se não tratado adequadamente ou agudo e não receber atendimento médico rápido, pode levar o paciente a óbito. Entretanto, não existe um tratamento padrão para o problema, uma vez que a terapia escolhida pelo médico irá depender da causa do edema pulmonar.
De uma forma geral, pacientes diagnosticados com edema pulmonar agudo recebem como medida terapêutica a cânula nasal, máscara facial ou máscara de pressão positiva, a fim de fornecer oxigênio para a pessoa. Em alguns casos graves o médico poderá indicar o uso de ventiladores mecânicos, que diminuem o esforço respiratório, permitindo que o paciente se canse menos e relaxe mais. Além do uso de equipamentos específicos, também será inserido no tratamento uma terapia medicamentosa variada com anti-hipertensivos, diuréticos e vasodilatadores.
A melhor forma de prevenir o edema pulmonar, bem como de outras enfermidades, é levar uma vida saudável. O mesmo vale para quem já foi diagnosticado com alguma condição que pode desencadear um edema pulmonar. Por isso, praticar exercícios físicos, consumir alimento com baixo teor de sal, abandonar álcool e cigarro, tratar adequadamente doenças pré-existentes e controlar o aumento da pressão sanguínea ajuda a pessoa a ficar protegida e saudável.
É importante ressaltar que o edema pulmonar pode acometer homens e mulheres em todas as faixas etárias de maneira igual. Por isso, manter hábitos saudáveis desde a infância é o melhor para prevenir uma série de doenças. Caso seja necessário se mudar ou viajar para uma região de altitude elevada, deve-se respeitar a forma e tempo de adaptação de cada organismo para não passar mal e desenvolver um edema.
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