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Dispneia: o que é, sintomas, causas e tratamento

Dispneia é a expressão médica usada para descrever a falta de ar acompanhada de sensação de sufocamento e outros incômodos respiratórios, a qual pode estar associada a patologias de origem pulmonar e cardíaca. Essa condição também pode surgir em diferentes momentos, tanto durante a prática de atividades físicas como em indivíduos em estado de repouso.

Quais são as principais causas da dispneia?

Existem vários fatores de risco que podem levar ao quadro de dispneia, como por exemplo:

  • Histórico de doença cardíaca;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Infecções pulmonares;
  • Tabagismo;
  • Estresse e ansiedade.

A condição também pode aparecer de duas formas distintas, através da dispneia aguda, que dura somente alguns dias, e da dispneia crônica, com sintomas que permanecem por um mês ou mais.

Quais sintomas estão associados a dispneia?

A falta de ar é um sintoma preponderante nos pacientes com dispneia, mas além disso também é comum que os pacientes observem a presença de outros sinais e sintomas relacionados a essa condição, incluindo:

  • Enjoo;
  • Palpitações cardíacas;
  • Tosse;
  • Cansaço;
  • Dores no peito.

Em grande parte dos casos, as dificuldades de respirar e os outros sintomas da dispneia são temporários e passam em alguns minutos. Porém, quando o indivíduo permanece sentindo esses sinais por muito tempo ou percebe uma piora contínua dos mesmos, o mais indicado é procurar auxílio médico o mais cedo possível.

É possível desenvolver dispneia ao longo da gravidez?

Sentir falta de ar ao longo da gestação é um sintoma relativamente normal, devido a uma série de mudanças corporais que ocorrem nesse período. As causas variam de acordo com o momento da gravidez, e enquanto no primeiro trimestre costumam estar associadas a fatores hormonais, no terceiro trimestre as causas geralmente são mecânicas, em razão do feto estar pressionando a cavidade abdominal e gerando desconfortos.

Caso a condição esteja gerando incômodos e prejudicando a qualidade de vida da gestante, o mais indicado é procurar ajuda médica e investigar se existem outras patologias associadas.

Como é feito o diagnóstico?

Para obter o diagnóstico correto, é preciso se consultar com um clínico geral, cardiologista ou pneumologista. A partir da análise dos sintomas do paciente, seu histórico médico e do resultado de um exame físico, é provável que o especialista o direcione para exames mais específicos.

A realização de novos exames é importante para identificar se a dispneia está sendo causada por uma patologia pulmonar ou cardíaca. Nesse aspecto, é comum que o paciente precise fazer exames como radiografia de tórax, oximetria de pulso e tomografia computadorizada. Dependendo da análise do médico, também pode ser preciso realizar um exame de sangue para observar se o indivíduo está anêmico.

Tipos de dispneia

Após verificar a origem da condição, a dispneia pode ser classificada de diferentes formas, de acordo com sua associação com outras doenças do pulmão ou coração. Entre os tipos possíveis, estão:

Dispneia paroxística

Também conhecida como dispneia paroxística noturna, esse é um tipo de dispneia que consiste na dificuldade de respirar durante o sono, quando o indivíduo está deitado. Essa modalidade é mais comum em pacientes que sofrem de insuficiência cardíaca, e por isso é importante obter o tratamento adequado para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade do sono.

Dispneia de decúbito

Esse tipo de dispneia ocorre quando o indivíduo apresenta falta de ar logo após se deitar. A dispneia de decúbito também pode estar associada a patologias cardíacas e pulmonares.

Dispneia de esforço

A dispneia de esforço, como o próprio nome sugere, acontece quando o paciente possui uma frequência respiratória irregular ao praticar atividades físicas que anteriormente era possível realizar sem muito esforço.

Quais são os tratamentos possíveis?

A melhor forma de tratamento para a dispneia depende exclusivamente das orientações do especialista que estiver acompanhando o caso, pois apenas o mesmo é capacitado para avaliar os sintomas e as condições do paciente. De forma geral, entre as opções de tratamentos existentes, estão:

Exercícios físicos

A prática de exercícios físicos pode ser indicada para o emagrecimento dos indivíduos que apresentam dispneia devido ao excesso de peso. Além de ajudar a emagrecer, as atividades físicas ainda contribuem para o fortalecimento dos músculos cardíacos e pulmonares. Ainda assim, é preciso ter o acompanhamento de um profissional para realizar somente exercícios que não sobrecarreguem o paciente.

Fisioterapia respiratória

O tratamento através da fisioterapia respiratória contribui para aprimorar a entrega de oxigênio no organismo, sendo assim um método indicado para pacientes que estão com dificuldade na respiração devido a patologias como bronquite, asma, embolia pulmonar e tuberculose.

Oxigenoterapia

A oxigenoterapia é um tratamento realizado por meio de uma máscara ou cateter responsável por melhorar a oxigenação do pulmão e das células corporais, o que alivia a respiração dos pacientes diagnosticados com pneumonia, asma e e outros tipos de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Uso de medicamentos

Em alguns casos de dispneia é recomendado o uso de remédios como corticoides e broncodilatadores, os quais são capazes de relaxar os músculos pulmonares e reduzir a sensação de falta de ar. Já para os pacientes que desenvolveram a condição devido a quadros de ansiedade e estresse, é possível que o especialista indique o uso de calmantes e analgésicos.

Dr. Ricardo Contesini

Médico cardiologista esportivo, especialista em cardiologia do esporte. Pós graduado em medicina esportiva pela Universidade Federal de São Paulo.

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