Ablação cardíaca é um procedimento realizado pelo médico cardiologista em tratamentos de arritmias cardíacas. Se trata de um procedimento minimamente invasivo, de baixo risco ao paciente e que não é realizado em todos os tipos de arritmias, mas se torna de suma importância para o correto diagnostico e tratamento de arritmias do tipo supraventriculares e ventriculares.
Todo o procedimento é realizado em ambiente cirúrgico por um cardiologista especializado em eletrofisiologia, que manterá o paciente sedado durante toda realização da ablação.
A ablação é realizada com cateteres, o que possibilita que o paciente se recupere rapidamente e sem necessidade de pontos, já que evita uma cirurgia complexa com abertura do tórax. Esses cateteres chegam até o coração, eliminando áreas que estejam doentes no miocárdio e que estão causando a arritmia cardíaca.
Através de fios finos dos cateteres, o médico cardiologista consegue chegar até o coração do paciente sem a necessidade de cortes e pontos. Tudo ocorre dentro de um vaso sanguíneo.
O procedimento pode ter dois importantes objetivos, sendo eles: técnica de resfriamento do tecido ou cauterização do local da arritmia. Para cada um desses objetivos há nomes específicos para os procedimentos, sendo eles, respectivamente, crioablação que se baseia no frio (que resfria o tecido) e ablação por radiofrequência (RF), baseada no calor.
Após o médico localizar a arritmia, posiciona o cateter no local de origem dessa arritmia e aplica a terapia de cura. O tempo de duração do procedimento varia muito, mas alguns tipos de arritmias podem ser solucionados com apenas um minuto de aplicação da ablação. Esse tempo é por arritmia, sendo o procedimento completo um pouco mais demorado, a depender de cada caso e técnica utilizada, mas durando cerca de duas a cinco horas.
Após o procedimento da ablação, o médico checará o resultado para se certificar de que não há recorrência imediata da arritmia. Dessa forma é possível saber se o problema foi totalmente resolvido ou não.
Na crioablação o cateter esfria até – 80° para cauterizar o foco da arritmia cardíaca. Essa técnica é mais segura e também mais rápida, diminuindo o tempo total do procedimento de 5 para 2 horas. Também utiliza um número menor de cateteres e anestesia, o que permite melhor recuperação do paciente.
Já na radiofrequência, a ponta do cateter é aquecida para cauterizar o foco da arritmia. Apesar de útil, essa técnica pode causar dano indesejável a algumas estruturas adjacentes. O procedimento é realizado através de duas punções, em pequenos furos no coração a fim de possibilitar o acesso de dois cateteres e duas bainhas no lado esquerdo do coração.
O cardiologista indicará que o paciente suspenda o uso dos medicamentos para tratamento da arritmia antes do procedimento. O objetivo é provocar as arritmias, a fim de que elas apareçam durante a ablação, facilitando a sua identificação e aplicação da técnica que visa cauterizar a causa do problema, visando a sua cura.
Somente o médico poderá dizer quais os remédios devem ser suspensos e quais devem continuar sendo consumidos antes da ablação. O paciente precisa estar em jejum de pelo menos 6 horas antes da ablação cardíaca. A fim de fixar os eletrodos e facilitar a punção das veias, peito e virilha devem ser depilados.
Por ser um procedimento mais simples quando comparado a uma cirurgia cardíaca, porém muito eficiente, permite que o paciente se recupere rapidamente e na maioria dos casos a alta ocorre 24 horas após a realização da ablação. A eficácia de uma ablação cardíaca é tão grande que se estima que em pelo menos 95% dos casos os pacientes se curam da arritmia.
O paciente poderá voltar a sua rotina diária três dias após a ablação, com exceção de atividades que exijam muito esforço físico, que devem ser evitados por pelo menos duas semanas após a ablação. Academia, prática de esportes ou trabalhos que exigem muito esforço devem ser acompanhados pelo médico, a fim de saber quando é seguro o paciente os retomar após uma ablação.
É normal que alguns pequenos hematomas surjam na região em que os cateteres foram inseridos, geralmente na região da virilha, mas as marcas desaparecerão sozinhas entre uma a duas semanas. Caso, em situações raras, os hematomas aumentarem ou o local ficar dolorido, um médico deverá ser consultado. O médico orientará o paciente sobre a continuidade do tratamento após a ablação, podendo cortar alguns remédios e manter outros, ainda que temporariamente, a depender de cada caso.
É importante destacar que possui arritmia cardíaca não é sinônimo de ter de realizar uma ablação. Há arritmias que não precisam de tratamento, pois são temporárias e na maioria das vezes estão associadas ao consumo de alguma substância ou esforço intenso.
Também há outros tipos de arritmias que precisam de tratamento, mas que apenas o medicamento já resolve o problema.
A ablação é indicada para pacientes que não respondem ao tratamento medicamentoso convencional. Também é possível que o cardiologista indique uma ablação para pacientes que possuem alguma reação ao medicamento do tratamento e por isso não consiga prosseguir com a terapia de recuperação.
A ablação cardíaca é um procedimento seguro, com baixo risco e muito eficaz, sendo raros casos de complicações. Antes do procedimento, o médico explicará como o paciente deverá agir para evitar algumas complicações. Essas orientações não são padronizadas, já que depende do tipo de arritmia que está sendo tratada.
Ainda assim, a complicação mais comum relatada em consultório é a presença de manchas roxas no local onde estavam os cateteres e eletrodos. Os hematomas, na maioria dos casos, não representam nenhum problema e sumirá naturalmente depois de alguns dias.
Gestantes devem conversar com seu médico se realmente precisarem de uma ablação, pois a mesma não é recomendada devido a realização do Raio-x, que possui radiação e pode ser prejudicial ao bebê. Cada caso deve ser analisado individualmente pelo médico sobre seus riscos e benefícios, bem como se o procedimento tem caráter emergencial ou pode ser adiado.
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